POR QUE OS CURADORES DE COBRA E DE GENTE?
POR
QUE OS CURADORES DE COBRA E DE GENTE?
(Antônio Saracura)
Eu
era menino de 5 anos e ouvia, no alpendre do Sítio dos Ferreiros, nas Flechas
de Itabaiana, meu avô declamar romances de feira em cordel. Depois, dos doze
aos dezenove anos, no seminário de Aracaju, editei jornalecos (murais ou
mimeografados), como, O Clarim e O
Recreio, nos quais publicava versos e crônicas
variadas. Aos 20 anos, mergulhei no jornalismo, com as críticas de cinema,
resenhas de livros, reportagens, crônicas do dia a dia. Desde menino, leio
livros, sublinho frases, anoto considerações às margens e rabisco resenhas
finais, referentes aos que me tocaram. Nos últimos anos, criei um blog (Sobre
Livros Lidos) para armazenar essas resenhas, mas poucas até agora (em torno de
cem) conseguiram roupa adequada para se mostrarem.
Profissionalmente,
fui analista de sistemas de informática, por trinta anos: anda-se por caminhos
escondidos, confabula-se o tempo todo com o íntimo, vive-se abstraído do mundo
real.
Ao
me aposentar, em 2001, resolvi organizar os manuscritos de uma vida inteira que
me sufocavam. Deu nos livros que publiquei desde 2008 até agora: Os
Tabaréus do Sítio Saracura,
Meninos
que não Queriam ser Padres, Minha Querida Aracaju Aflita, Tambores da Terra
Vermelha, Os Ferreiros... Resgate do passado e avaliação do
presente.
O
livro Os Curadores de Cobra e de Gente começa sua luta em busca de leitores.
Será lançado na IV Bienal do Livro de Itabaiana (nos dias 20 a 22 de outubro de
2017), e, em seguida, em outras bienais e salas cultas de Sergipe e do mundo
inteiro, se derem chance.
Compõe-se
(Os Curadores de cobra e de gente) de
quarenta e sete poemas (alguns de poucas estrofes) e canta heróis sem pomba, a
maioria desconhecida, com os quais convivi nas estradas dos povoados bárbaros
de Itabaiana ou nas ruas perigosas de Aracaju. Heróis que se dedicaram a curar,
prevenir, paliar, encantar, mudar, medicar, defender... gente ou bichos.
Meu
avô, que declamava versos, está sorrindo no céu. Os romances cantados aos netos
e ao povo simples das Flechas, Terra Vermelha, Pé do Veado e Bastião
frutificaram e podem ser desfrutados por todo mundo.
Biografia
resumida do autor
Antônio Francisco de Jesus (Antônio FJ Saracura), nasceu em
Itabaiana, Sergipe em 06.07.1945. Economista de formação (Ufs 1971) e Analista
de Sistemas de profissão (Petrobras, Telebras, Rhodia, Telergipe). Escritor
tardio, publicou: “Os Tabaréus do Sítio Saracura”, (romance,2008,2010,2012),
“Meninos que não Queriam ser Padres”, (romance, 2011, 2016) e “Minha Querida
Aracaju Aflita” (2011, crônicas), premiado pela Secretaria de Cultura de
Sergipe, “Tambores da Terra Vermelha” (contos,2013), “Os Ferreiros” (contos,
2015) e, agora, “Os curadores de cobra e de gente” (romances de cordel).
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